segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A Terceira.

Foi a minha décima terceira apresentação.
Era a estréia de Cinara e de Vitória.
Catherine ficou na cochia e nem estreiou ainda.
O Xisto estava lotado (que na temporada também seja assim, meu deus, por favor, por favor, por favor!).
Um camarim só.Pela primeira vez um camarim só para os nove atores (e não é que isso faz a diferença?!).
Eu sempre acho que não vai dar tempo de me arrumar, mas isso é um ritual meu; ritual contraproducente -admito; mas quem vai querer discutir essas indiossincrasias?
Antes da "roda", uns já no palco, outros ainda no camarim se arrumando, eu me dei conta de que estava sentindo um medo da pôrra! Medo de quê meu deus do céu? Porque não era mais aquele medo da estréia de quem ainda não sabe se sabe fazer; era medo de quem gosta de fazer e quer fazer bem feito; medo de quem não pode errar; medo de quem quer fazer o melhor possivel. E aí nessa hora, sentada no sofá lindo do nosso cenário me deu uma vontade irresistível de mudar pra outra profissão, pra não me submeter mais àquele frio que tranca o estômago (mentira!). É um medo contente. Vá entender... mas é sim, um MEDO CONTENTE!
"... e eu sou viciada nele!"

Um comentário:

Simone Brault disse...

Vc sempre me faz deixar correr algumas lágrimas...