terça-feira, 31 de julho de 2007

O que eu fiz pra merecer isto?


A primeira vez que tive contato com Almodovar eu não tinha noção de quem era "Almodovar". Vi Ata-me aos 14 anos e aquele filme me arrebatou de alguma forma, despertou minha atenção e me fez curioso a respeito da obra desse cara. A partir de então, vi todos os filmes aos quais tive acesso e cada vez mais me sentia atraído por aquele universo, aquelas personagens e principalmente por aquela forma de contar histórias.
Quando soube que minha formatura seria "Como Almodovar" experimentei uma espécie de felicidade que provavelmente reflete a sensação de não estar sendo leviano, de estar coerentemente me formando com a possibilidade de discurso que me interessa como artista(esteticamente, politicamente, comercialmente...) enfim, um prazer generalizado.
Outros novos prazeres foram se agregando:
a presença de Barral como dramaturga me encheu de orgulho e alegria (seria mais uma oportunidade de trabalhar com uma artista que admiro profundamente, uma amiga que certamente é um dos amores de minha vida..)perceber que seria absolutamente possível me comunicar com Gláucio, o diretor, até então distante, uma novidade, um risco. Ele ganhou minha confiança e respeito e me ajudou a compreender que aquilo que até então era um amontoado de ideias bacanas seria um bom produto (no melhor sentido da palavra).
ter como colegas de elenco pessoas talentosas que de alguma forma já faziam parte do meu histórico na escola, que encontrei ou reencontrei e que me permitiram processar cada momento sem dor, ou pelo menos sem a dor que paraliza.
Ajudar a construir essa história e contá-la agora tem sido um prazer que eu gostaria muito que o público experimentasse ao ver "Como Almodovar".
Uma amiga me disse "esse é o presente que a Escola tá te dando". Espero aproveitá-lo ainda mais compartilhando-o com todas as pessoas.

Um comentário:

Vinícius Alves disse...

Brilhem e marquem... Como Almodóvar!

Aguardo pela estréia!