sábado, 4 de agosto de 2007

Labirinto das Paixões


É exatamente como quando eu tinha quinze anos.
Eu abro o olho de manhã, quase mal humorada porque merecia dormir mais, e a primeira coisa que vem a minha cabeça é ela. Eu tomo banho, eu tomo café, eu pego ônibus, eu vou ao médico, eu compro leite, eu assisto um filme, eu tomo cachaça com mel, eu deito no colo das pessoas, eu ando pela Praça da Piedade, eu falo no telefone com a minha mãe. O meu dia segue aparentemente normal, mas é mentira. Meus dias não são mais normais. Eu não sou mais a mesma. Eu estou completamente apaixonada. Por ela. A peça. E ansiosamente, exatamente como quando eu tinha quinze anos, eu aguardo o primeiro encontro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo. De outra forma, não tem graça. Amor, teatro, essas coisas, só valem quando é muito, quando acontecem no corpo inteiro.